segunda-feira, 9 de abril de 2012

Qual é a sua evoluçao?

Ninguém é melhor que ninguém, e muito menos, pior. Mas então, por que existe classe média, alta e baixa? Por que existe o “poder”? Quem os presidentes pensam que são ao corromper os nossos países em suas famosas corrupções? São nada mais e nada menos que humanos, como nós. Humanos que acreditam ter mais poder do que a gente sobre qualquer coisa. Ainda mais quando se trata de classes altas. Desculpem-me as pessoas que não são assim, porque pelo menos ainda existe humildade. E o único poder que é realmente válido é a humildade, valorize quem é inteligente o suficiente para ser humilde. Egoísmo e egocentrismo são coisas totalmente ridículas e se é assim, mude enquanto há tempo. Porque quando você se tornar uma pessoa fria, sem sentimentos e sem nenhum altruísmo, não tente mudar. Você, caro amigo, estará corrompido.
Por que pessoas assim, que querem realmente fazer alguma coisa pra mudar o planeta quase devastado de tantas barbaridades, não podem pelo menos serem valorizadas?, de algum modo que não a torne superior, porque se tiver humildade, não quererá ser superior a ninguém.  Mas sim que o torne alguém que queira construir benefícios para poder mudar alguma coisa. Benefícios que deveriam ser retirados de todos que acham que possuem “poderes elevados” a nós.
Na onde estamos? O quanto realmente evoluímos? Não, não estou falando de tecnologia, curas ou química. A sua evolução não depende somente do seu conhecimento de mundo, mas sim do seu próprio. O que adianta você saber tudo sobre química ou sobre o que for especializado se não tem consciência, criança? Nada, de nada adianta. E não me venha dizer que não tem consciência porque ninguém liga pra isso, porque é “careta”. As pessoas pagam suas contas? Elas lavam a sua roupa? Não, então você manda no seu próprio nariz e nas suas próprias opiniões. E se você for levado pelo que a maioria faz, você é um idiota, desculpe a vulgaridade. Mas você é, e cá estou eu escrevendo isso pra você ler e tomar rumo, ver o que está acontecendo com base nos seus malditos atos. Quem faz o que deve pra melhorar o mundo que destruímos não precisa se sentir culpado ou excluído da sociedade. Se te criticarem por jogar o lixo no lixo, dar conselhos bons pras pessoas ou por qualquer coisa boa, sinceramente? Sugiro que você meta a porrada nessa pessoa, porque ela não deve ter levado palmadas o suficiente para distinguir o que pode e o que não pode, amigo.
A vida é essa, o certo e o errado, quem decide é você, sempre você. E não reclame da vida; que ela não te dá oportunidades. Saiba que ninguém dá nada pra ninguém, então por que a vida te daria tudo de mão beijada? Você conquista as oportunidades, elas não veem até você. Quer roubar? Roube. Quer matar? Mate. Quer poluir? Polua. O problema é seu e as consequências são suas. Inocentes pagam por isso, sim. A justiça dos homens é boa, não. Mas é o mundo que construímos e vamos ter que aprender a conviver com ele. Infelizmente, evoluímos do jeito errado.
O nosso conhecimento evoluiu, mas a nossa sabedoria só tende a diminuir, até que matemos uns aos outros. E é isso o que eu chamo de extinção de espécie, pra melhor, claro. O planeta agradece.

                                                                                                           Luana Dutra

Redescobrindo o mundo

Talvez, ninguém acredite em você, mas você acredita, e é isso o que importa. Você pode mudar tudo, como também pode deixar para que outro mude. Mas talvez não haja outro, talvez haja somente você. E quem não gosta de ser único, mesmo que isso implique uma revolta?
Não existe a certeza, nem de que algum dia a gente vai morrer, porque alguém muito bem pode inventar a imortalidade. Teorias acabam com tudo que achamos que descobrimos, porque nada descobrimos até agora que possa mover esse mundo para melhor, somente para pior. Não na medicina, talvez, mas na grande maioria.
Se pararmos para pensar, tudo é, e não é nosso problema. Criamos o que somos e o que seremos. Somos o que queremos ser, independente de qualquer coisa. Podemos mudar, criar, revolucionar tantas coisas, mas quase nunca conseguimos, pois sempre pensamos que não iremos realmente, conseguir. Podemos chamar isso de insegurança, mas para que denominar algo que não sabemos se tem realmente este significado?
A filosofia pode ser a base de tudo em nossas vidas. Sem ela não seríamos nada, mas é do nada que começa tudo. E nisso, a gente vê a filosofia.
Às vezes, paramos para pensar. Em tudo. E sem querer, filosofamos, e muito, mas a maioria não dá a mínima para isso, ou realmente acha uma verdadeira porcaria, que não serve para nada em sua vida. Para e pensa. Faça isso mil vezes se for preciso, porque isso não é nem um pouco verdade. Filosofia é a única coisa que há neste mundo e que tem um futuro realmente bom, que se forma pessoas. E adentrando vendo tudo isso, o futuro desse mundo está realmente crítico. Talvez ele acabe em 2012 realmente, porém, não queremos saber quando ele acabará, ou não. Se for pra acabar, que acabe. Contando que tenham cumprido os objetivos com a humanidade, mas, olha a teoria de Deus ao criar o homem. Ele nos deu inteligência. Muita, na verdade. O ser humano é um ser incrível. Ele cria e destrói ao mesmo tempo, e sempre se acha o certo, contudo, se Deus nos deu essa tremenda inteligência, ele tinha uma pequena noção do que esse mundo viraria um dia, porque ele nos deu capacidade o suficiente para fazer tudo isso que fizemos até hoje. Então, porque acabar com tudo o que ele criou? Não tem sentido, mas nem a vida faz sentido, não adianta ficarmos procurando sentidos pra tudo, porque piraremos. E quem disse que a loucura é ruim? Os loucos são os mais inteligentes, e com certeza, os únicos que têm consciência do que realmente acontece. Sendo louco é o único jeito de abafar as barbaridades cometidas por nós mesmos.
A juventude é algo magnífico. Pessoas jovens são magníficas. E quem não quer viver pra sempre? Vai, que descubram algo que torne tudo diferente, como a imortalidade, quem sabe? Ou, então, porque não escrever? O dom das palavras é magnífico, e talvez você o tenha.
E é claro também, que às vezes, sua autoestima subirá tanto que se sentirá uma espécie de Deus, como se pudesse mudar tudo, e às vezes, esta mesma autoestima cairá tanto que chegará a pensar em desistir de tudo. Mas não desista. Você vale à pena, como qualquer um que queira fazer alguma coisa pelo pequeno planeta. Definitivamente vale muito a pena. O mundo está cheio de gente assim, que quer mudar, tornar tudo melhor, mas muitos não têm coragem de fazer nada. Por medo muitos caem. E não tenha medo de levantar, porque esse é o mínimo que se pode fazer.
Talvez, seja essa a geração em que tudo mudará. Ou, talvez, não esteja nem perto disso, mas, caro leitor, estamos perdidos nesse mundo que destruímos. O que fizemos, meu Deus, com tudo que o Senhor criou? E se não foi o Senhor, se isso tudo se criou sozinho? Que vida poderíamos ter sabendo que não existe Deus? Não poderíamos ter vida nenhuma, vivemos praticamente por Ele. E se vivermos por algo, imagina se esse algo simplesmente se extingue? Perderíamos a noção da vida, e assim, coisas simples se transformariam em difíceis num piscar de olhos, e nisso entra a pura filosofia.
Os famosos filósofos tinham uma inteligência tremenda, mas por que eles? Algum motivo deve ter. Motivos têm, e para tudo. Quem sabe a inteligência deles não começa a será nossa? Para isso só basta ter uma coisa.
Consciência.
A consciência de quem lê alguns textos como esse deveria ser melhor, mas isso se a pessoa tiver vontade de ler tudo, pois hoje em dia a leitura é considerada algo tão chato, pacato, morto, e antigo. A palavra “antigo” não significa nada para quase todos. Entretanto, é dela que tudo começou, e pode muito bem terminar, humano inteligente. Tem muito que aprender ainda, criança, e muito que se descobrir. Portanto, faça a sua parte porque ninguém vai fazê-la por você.
                   
                                                                                                     Luana Dutra


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Anjos não vão para o Inferno

E eu começo a chorar de novo.
Chorar tinha virado rotina, ultimamente. Não que eu gostasse. Mas o que poderia fazer? Eu ia para o inferno.
Exatamente, o Inferno. E bom, sou um anjo. No feminino, mas não sei se anjo tem feminino.
Ou pelo menos era. Porque eu meio que caí. Tá, eu totalmente caí do Paraíso.
E vem a pergunta que não quer calar: Por quê? Ah, sim. Porque eu me apaixonei.
Totalmente me apaixonei por um mortal. E anjos não podem se envolver com mortais. Além de ter aquele probleminha de nephilins malucos por aí, que são o fruto de anjos com humanos, Zeus nos proibiu de nos envolvermos com mortais. Como se ele mesmo conseguisse ficar longe deles, criando seus semideuses.
Quem quer contrariar um deus, certo? Eu que não me arriscaria. Viram Prometeu? Não teve muita sorte quando o prenderam por levar fogo aos mortais. Poxa, qual é o problema? O mundo precisa evoluir, e bem que evoluiu.
Então, aqui estou eu. E meu humano, Chace Hollows, ainda não sabe. Contei a ele sobre os anjos e que sou um. Pode crer, ele surtou total. Mas pelo menos me aceitou assim mesmo. Não se pode esconder tudo dos deuses, claro. Fiz o possível, mas uma hora eles descobriram. Foram tão caridosos que todos me negaram a compreensão. Afrodite ainda tentou protestar. Só a deusa do amor mesmo para entender. Mas, calou-se quando Zeus ameaçou jogá-la no Tártaro.
Enxugo as lágrimas que caem de meus olhos, lavando meu rosto, encolho minhas asas totalmente negras e meio chamuscadas para dentro da minha pele. Aquilo queima mais do que quando era anjo, mas suporto a dor.  Coloco meus cabelos, agora totalmente negros, atrás das orelhas (sim, eu era loira, tão loira que chegava a aparentar o branco), mas com a queda, meus pigmentos parecem ter voltados à tona para meus cabelos. E meus olhos, também antes azuis, agora não devem ser diferentes do meu cabelo. Meu tom de pele ainda continua pálido, e ainda possuo os cabelos lisos e grossos até minha cintura. Como uma cortina de veludo.
Levanto-me do chão onde ficara fazia algumas horas, chorando e chorando. Só espero que Chace não me rejeite também.
Começo a caminhar quando noto onde finalmente me encontrava no Maine. E, que frio! Eu somente uso uma blusa fina, antes branca, mas agora negra, e calças da mesma cor. Meus pés descalços começam a formigar pelo frio e me abraço para tentar me proteger do vento gelado.
Sigo em direção à casa de Chace.
Após duas batidas, a porta se abre, junto com um calor aconchegante. Estou tremendo, meus lábios devem estar roxos e meus pés não sentem mais nada. Chace me olha por inteiro, como se não acreditasse que eu estivesse vestida daquele jeito enquanto lá fora faziam uns 2 graus.
Ele me puxa para dentro e pergunta, indo pegar um cobertor para mim:
­– O que você pensa que está fazendo vestida assim, Eve? – a preocupação fica estampada em seu rosto, seus olhos verdes me olham perplexos. Seu cabelo castanho cobre sua testa charmosamente e suas feições mortais e bonitas me acalmam.
Menos um para as lágrimas.
– Eu... Eu... – gaguejo demais, o que o faz ficar mais ainda preocupado, enquanto me abraça em seu colo com o cobertor.
Encosto-me no seu peito rígido e fico em silêncio, sabendo que ele ainda espera que eu dê uma resposta para meu estado.
Após alguns minutos, eu digo, o calor voltando ao meu corpo:
– Eu caí – ele franze a testa, como se não tivesse entendido o que eu tinha dito.
– Caiu do quê? Anjos caem?
Rio, meio sem humor, e explico:
– Não sou um anjo mais, Chace. Eu caí do céu, do Olimpo, do mundo de Zeus.
Chace então me olha assustado.
– Você não é mais um anjo então? Eve, o que você é? E caramba, o que você fez com o cabelo? E porque seus olhos escureceram tanto assim? – ele só foi perceber esses detalhes agora, e eu sorrio para ele, sem vontade alguma de fazer isso.
– Virei uma caída. Um anjo das trevas. Um demônio. Uma alma perdida.
– Você não pode ser isso. Tem bondade demais no seu coração. – Chace me diz, como se o que eu dissera fosse absurdo.
Às vezes até eu mesma achava absurdo.
– Eu sei. Mas Zeus me condenou por descumprir suas regras.
Quando Chace ia protestar mais uma vez, a porta se escancara e uma mulher irradiando luz entra.
Com um sinal de mão, a porta se fecha atrás dela. Chace me segura mais forte, e quando a luz se esvai, a deusa do amor aparece na nossa frente.
– Evelah, levante-se filha.
Sim, sou a filha de Afrodite. Se é coincidência eu amar, não sei.
Meu pai? Um anjo, claro. Qual? Não tenho ideia.
Levanto-me do colo de Chace, com o cobertor nas costas. Ainda estava com frio.
Faço uma reverência para minha mãe e ela me puxa para seus braços num abraço aconchegante e maternal. Esforço-me para não chorar e implorar perdão para Zeus para que possa voltar ao Paraíso. Mas não. Não faria isso. Por meu orgulho, que agora era mais forte –efeitos de ser uma caída –e por Chace. Não ia abandonar Chace nem por minha chance de voltar a ser como era, nunca.
Eu o amo demais.
– Ah, minha criança. O que você se tornou?
Minha mãe me solta e se dirige finalmente para Chace.
– Venha até aqui, mortal.
Chace, respeitosamente vem até minha mãe. Ela pega a sua mão e diz:
– As Fúrias virão buscar Evelah
O quê? Quase grito, mas me contenho. Dessa parte eu não sabia.
Com um aceno mágico, Afrodite, minha mãe, faz aparecer um cálice em sua mão.
Ela vem em minha direção, estende meu braço, e com sua unha, corta meu pulso.
Chace vem ao nosso lado, preocupado, mas digo:
– Está tudo bem.
Então, quando enche o cálice, ela passa os dedos pelo meu corte que transborda sangue. Ele cicatriza e deixa uma fina linha no lugar.
Oferecendo o cálice a ele, minha mãe diz:
– Beba, mortal.
Chace aceita o cálice de ouro sem pestanejar, e ia levá-lo a boca, quando eu digo:
– Espere!
Minha mãe me olha confusa e diz:
– Evelah, por quê?
Com os olhos cheios de lágrimas, respondo:
– Não quero que ele se torne um caído como eu, mamãe. Ele é humano. Eu quero que continue humano, é o direito dele.
– Eve, mas eu quero. Quero proteger você. Quero ser o mesmo que você.
Olho para ele, e seus olhos brilham para mim quando ele sorri.
– E eu sempre quis ser imortal.
Com uma piscadela, ele toma todo o líquido escarlate do recipiente. Meu sangue.
Minha mãe segura o cálice e o faz desaparecer quando o mesmo quase cai dos dedos de Chace, e ele vai ao chão.
Sem perceber, estendo minhas asas de nervosismo e vou ao seu lado.
Chace segura o estômago e tem os lábios manchados de sangue. O meu sangue.
Minha mãe me impede de ir até ele e diz:
– Está se transformando. Deixe-o.
Faço o que ela pede, e quando se torna agonizante demais para assistir, viro-me para ela e pergunto:
– Zeus quer me condenar ao Tártaro?
Seus olhos azuis, antigamente iguais aos meus, me olham com preocupação e ela assente.
– Tive que vir aqui sem que ninguém percebesse. Não tenho muito tempo, minha menina. Precisava avisá-la.
Ela me abraça novamente.
Eu sou a única filha metade anjo e metade deusa de Afrodite, e acho que sou bem importante para ela.
Dando um beijo na minha testa, minha mãe diz:
– Amo você, Evelah. Sempre. – ela então, tira algo das vestes brancas e douradas que veste.
Uma adaga com cabo de aço reluz.
– Esta é para você. Com seus treinamentos, saberá o que fazer e a usará sabiamente, somente para se defender.
Pego o cabo da adaga, parecendo gelado demais.
Chace para de se contorcer e só agora noto que ele levantara. Meu coração se palpita e minhas asas se agitam. Chace tem, agora, os cabelos mais escuros ainda, e seus olhos se tornaram da mesma cor.
Sua pele pálida igual a minha brilha no crepitar da lareira e ele sorri para mim.
Suas asas negras atrás dele se agitam, felizes.
Não deixo de sorrir também e vou correndo abraça-lo.
– Agora podemos ficar juntos. Para sempre – ele sussurra no meu ouvido.
– Eu sei, meu amor. Eu sei – respondo, feliz.
– Mortal... Desculpe. Caído. Aproxime-se.
A voz de minha mãe faz-nos sairmos do abraço um do outro, e Chace vai para frente, ficando cara a cara com minha mãe.
Novamente tirando algo de suas vestes, Afrodite tira uma espada de lâmina fina, capaz de fazer golpes rápidos e mortais. Seu cabo de couro é maior que a lâmina, e caramba, ela é linda!
– Evelah ensinará como usá-la. – minha mãe diz, fria.
 Então, com suavidade nos olhos, diz:
– Boa sorte, Caído. Viverão no mundo dos humanos somente se parecerem-se com um. E cuidado. Os perigos estão a toda parte. Zeus é impiedoso, e fará de tudo para que Evelah seja punida. Cuide dela e de você mesmo.
Afrodite, então, dá um olhar na minha direção e diz:
– Vejo-a em breve, minha menina.
Então, num clarão, ela some.
Chace me olha sorridente e diz, com seus 23 anos imortais:
– Quando começaremos?
Sorrio para ele e passo as mãos pelos desenhos no cabo de minha adaga. Respondo:
– Em breve, meu amor. Em breve.

                                                                                                           Luana Dutra